quinta-feira, 5 de março de 2015

Sinceridade ou 'sincericídio'?

 Por Vivian Silva

Foto: Reprodução

A sinceridade é uma virtude. Fato.   
Mas, haverá limite para a sinceridade? Será que expor suas verdades mais íntimas resulta sempre em algo positivo? Creio que não... Tais questionamentos permeiam a minha mente, vez ou outra.

De acordo com o dicionário, franqueza e lealdade são palavras sinônimas a sinceridade. Porém, na vida prática, talvez seja mais leal você não notar os “quilinhos” a mais daquela amiga, que você não vê há algum tempo, principalmente, quando percebe que a pergunta: “Engordei muito, né?” vem recheada de frustração. O exemplo é banal, mas vale a reflexão.

Tenho aprendido que a verdade, muitas vezes, precisa ser dita em doses homeopáticas e com carinho. Nem sempre o outro está preparado para ouvir uma torrente de verdades, o que pode se tornar um “sincericídio”.

Isso mesmo, “sincericídio”, uma mistura de sinceridade com suicídio, a segunda palavra é forte, mas faz sentido. Atire a primeira pedra quem nunca disse algo e se arrependeu segundos depois de ter falado, seja pelo momento inadequado ou pela forma que expôs.

Enfim, a linha do bom senso é tênue. A máxima "pense, antes de falar", sempre cai bem, para evitar “sincericídios”. Agora se você não conteve a língua, “segura a onda” e pense da próxima vez.

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